A instabilidade geopolítica nas circunstâncias atuais aumentou o risco de ataques cibernéticos catastróficos, de acordo com o relatório Global Cybersecurity Outlook 2023 do Fórum Econômico Mundial.
O relatório informa que mais de 93% dos especialistas em segurança cibernética e 86% dos líderes empresariais acreditam que “um evento cibernético catastrófico e de longo alcance” é provável nos próximos dois anos e que há uma lacuna importante de habilidades que está ameaçando países e infraestruturas críticas.
As descobertas do Global Cybersecurity Outlook 2023 utilizam pesquisas, workshops e entrevistas com mais de 300 especialistas e executivos.
O Fórum Econômico Mundial disse em um comunicado que metade das empresas pesquisadas afirmam que o cenário atual fez com que reavaliassem os países nos quais suas organizações atuam. Contudo, apesar dos desafios, as organizações estão melhorando a resiliência cibernética, que é uma das principais prioridades do Centro de Cibersegurança do Fórum Econômico Mundial.
O relatório afirmou também que a conscientização e a preparação ajudarão as organizações a equilibrar o valor de novas tecnologias contra o risco cibernético que as acompanha. Jeremy Jurgens, diretor administrativo do Fórum Econômico Mundial, disse:
À medida que a instabilidade global aumenta o risco cibernético, este relatório pede um foco renovado na cooperação. Todas as partes interessadas dos setores público e privado responsáveis por nossa infraestrutura digital comum devem trabalhar juntas para construir segurança, resiliência e confiança.
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Além disso, o relatório Global Cybersecurity Outlook 2023 destacou a escassez de talentos e especialistas qualificados. Cerca de 34% dos especialistas em segurança cibernética entrevistados durante a pesquisa revelaram que faltavam algumas habilidades em sua equipe, com 14% dizendo que não tinham habilidades críticas. O comunicado acrescenta:
O problema é mais pronunciado em setores-chave, como serviços públicos de energia, onde quase 25% dos especialistas em segurança cibernética disseram não ter as habilidades críticas necessárias para proteger as operações de suas organizações.
Apesar dos desafios, o relatório constatou que a desconexão entre os gerentes de segurança cibernética e os executivos de negócios começou a diminuir. Ambos percebem cada vez mais o elevado grau de exposição ao risco e estão alocando mais recursos para coordenar as respostas de maneira eficaz. A prioridade hoje é a velocidade.
Confira o relatório completo:
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