O Brasil foi o quarto país com maior número de usuários que tiveram seus dados violados no mundo no segundo trimestre de 2022, de acordo com um estudo global produzido pela empresa de segurança cibernética Surfshark.
Com 3,2 milhões de usuários violados no segundo trimestre, o relatório mostra que o Brasil registrou um aumento de sete vezes nas contas vazadas trimestre a trimestre e um aumento de 771% em relação ao trimestre anterior, quando o país teve uma ligeira melhora. A Rússia lidera a lista com 28,8 milhões de usuários violados, seguida pela Índia (4,4 milhões) e China (3,4 milhões), enquanto o Brasil ocupa o quarto lugar, superando os EUA (2,3 milhões) que apareceram na quinta posição.
Segundo o relatório, desde que as violações de dados se espalharam em 2004, 15,1 bilhões de contas vazaram, das quais 244,4 milhões pertencem a usuários brasileiros. O estudo acrescentou que, para cada dez contas vazadas no Brasil, metade é roubada junto com uma senha. Agneska Sablovskaja, pesquisadora de dados do Surfshark, acrescenta:
A diferença pode ser devido aos hábitos online do usuário ou práticas de coleta de dados por vários serviços ou aplicativos. Um grande número de contas afetadas mostra que há mais a ser feito em relação à proteção de dados online.
As taxas de violação no segundo trimestre de 2022 aumentaram 2% em todo o mundo, com 459 contas vazando a cada minuto, em comparação com 450 no primeiro trimestre de 2021, segundo o estudo. No Brasil, a taxa de violação no segundo trimestre de 2022 aumentou de cerca de 3 para 25 contas violadas por minuto em comparação com o primeiro trimestre do ano.
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De acordo com um outro estudo divulgado pela PwC, a grande maioria das empresas brasileiras planeja aumentar seus orçamentos de segurança cibernética em 2022. A pesquisa sugere que o aumento de ataques cibernéticos contra organizações locais estava entre as principais preocupações dos tomadores de decisão seniores.
O relatório mostra que 45% das empresas brasileiras estimam um aumento de 10% ou mais nos investimentos em segurança de dados, ante 26% no mundo. Apenas 14% dos líderes brasileiros expressaram os mesmos níveis de preocupação com a segurança cibernética em 2020, contra 8% em todo o mundo. Em 2021, 50% das empresas pesquisadas pela PwC afirmaram ter alocado até 10% de seu orçamento de tecnologia para ações relacionadas à segurança.
Fonte: ZDNet
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