A JBS, maior empresa de processamento de carne do mundo, foi alvo de um ataque cibernético de ransomware. Suas redes foram hackeadas, fazendo com que operações na Austrália, Canadá e Estados Unidos fossem temporariamente fechadas.
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Em comunicado oficial, a unidade americana da JBS afirma:
A empresa não tem conhecimento de nenhuma evidência neste momento de que dados de algum cliente, fornecedor ou funcionário tenham sido comprometidos ou mal utilizados como resultado da situação. A resolução do incidente levará tempo, o que pode atrasar certas transações com clientes e fornecedores.
A Casa Branca comentou sobre o ataque durante entrevista coletiva. A vice-secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre, disse aos repórteres:
JBS notificou que o pedido de resgate veio de uma organização criminosa provavelmente baseada na Rússia. A Casa Branca está se engajando diretamente com o governo russo neste assunto e passando o recado de que Estados responsáveis não abrigam criminosos de ransomware.
O FBI também está investigando o incidente e o presidente Biden, junto ao USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), instruiu seu governo a determinar como mitigar o impacto no fornecimento de carne do país.
Além disso, o Ministro da Agricultura, Seca e Gestão de Emergências da Austrália, David Littleproud, tuitou sobre o ataque cibernético da JBS, dizendo que a empresa está trabalhando em colaboração com as agências governamentais australianas e no exterior para colocar as operações de volta em funcionamento.
O ataque ocorre poucas semanas depois do Caso Colonial Pipeline, que forçou o fechamento de um dos maiores oleodutos de combustível dos Estados Unidos por seis dias.
Meg King, diretora do programa de inovação científica e tecnológica do The Wilson Center, disse à CNN Business:
Se o ataque cibernético do Colonial Pipeline não impactou os consumidores o suficiente para estimular a resposta da comunidade internacional, o incidente com o fornecedor de carne da JBS provavelmente afetará. Agora é a hora de um acordo global para quebrar o modelo de negócios de ransomware.
Na mesma reportagem, John Hultquist, vice-presidente de análise da empresa de segurança cibernética Mandiant Threat Intelligence, afirma:
As cadeias de abastecimento, logística e transporte que mantêm nossa sociedade em movimento são especialmente vulneráveis a ransomware, onde ataques a pontos de estrangulamento podem ter efeitos exagerados e encorajar pagamentos apressados.
Fontes: CanalTech e CNN Business
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