A arquitetura de segurança Zero Trust foi projetada para reduzir o risco de segurança cibernética, eliminando a confiança implícita na infraestrutura de TI de uma organização. Com um modelo de segurança de confiança zero, o acesso aos recursos corporativos é concedido ou negado com base nas permissões atribuídas a um determinado usuário de acordo com sua função na organização.
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“Nunca confie, sempre verifique”
Historicamente, muitas corporações utilizam um modelo de segurança com foco no perímetro. Esta arquitetura é semelhante a de um castelo, onde uma muralha mantém os potenciais invasores afastados, enquanto tudo dentro do perímetro é considerado “confiável”. Sob esse modelo de segurança, as defesas de segurança cibernética são implementadas no perímetro da rede e inspecionam o tráfego de entrada e saída para bloquear possíveis ameaças antes que possam causar danos a uma organização.
No entanto, esse modelo de segurança tem seus problemas. Como um castelo, se alguém dentro do perímetro é uma ameaça, as defesas não oferecem proteção contra eles. Além disso, os recursos fora do perímetro de rede (como a infraestrutura de nuvem de uma organização, os trabalhadores remotos, entre outros) não são protegidos.
A arquitetura de segurança Zero Trust foi projetada para eliminar os riscos associados a um modelo com foco no perímetro. Em vez de confiar cegamente em qualquer pessoa dentro do perímetro, as solicitações de acesso são concedidas caso a caso. Essas decisões são realizadas com base em controles de acesso onde as permissões de um usuário ou aplicativo são derivadas de sua função e responsabilidades dentro da organização.
Tecnologias por trás da Arquitetura Zero Trust
Uma estratégia de segurança Zero Trust divide o processo de gerenciamento do acesso do usuário em duas etapas:
Autenticação do usuário: Os controles de acesso com base em função estão vinculados à identidade do usuário, portanto, é muito importante verificar fortemente essa identidade.
Gerenciamento de acesso: Após a verificação da identidade de um usuário, é necessário garantir que o usuário esteja autorizado a acessar o recurso. Isso inclui garantir que os controles de acesso não possam ser ignorados, o que permitiria o acesso não autorizado aos recursos.
A implementação de uma arquitetura Zero Trust requer algumas tecnologias como:
Identity and Access Management (IAM): As soluções IAM são projetadas para definir e gerenciar as permissões associadas a contas de usuário em uma rede corporativa, ou seja, tomam as decisões de permitir ou negar uma solicitação de acesso.
Autenticação Multifator (MFA): A autenticação que utiliza apenas senha é insegura devido ao uso comum de senhas fracas ou reutilizadas e alta probabilidade de comprometimento de credenciais. A autenticação em uma arquitetura de confiança zero requer MFA para garantir a identidade do usuário.
Proteção de Endpoint: Um endpoint comprometido pode permitir que um invasor use a sessão de um usuário autorizado para obter acesso a recursos protegidos. Uma segurança forte do endpoint é essencial para a proteção contra contas comprometidas.
Zero-Trust Network Access (ZTNA): O trabalho remoto (teletrabalho) está se tornando cada vez mais comum. As tecnologias ZTNA permitem o monitoramento contínuo e a aplicação dos princípios de uma arquitetura Zero Trust a conexões remotas.
Microssegmentação: Os firewalls de rede com base em perímetro não são suficientes para implementar a segurança Zero Trust. A segmentação de rede interna é essencial para impor políticas de confiança zero na rede corporativa.
Visibilidade e Análise: Uma arquitetura Zero Trust inclui componentes que monitoram, correlacionam e analisam continuamente os logs em busca de sinais de comprometimento, por exemplo, phishing, credenciais roubadas e etc.
Principais Benefícios da Segurança Zero Trust
A segurança Zero Trust foi projetada para restringir o acesso não autorizado a recursos corporativos, aplicando políticas de controle de acesso baseadas em função, microssegmentação e monitoramento. Isso oferece uma série de benefícios para uma organização, incluindo:
Maior segurança cibernética: Os cibercriminosos raramente obtêm acesso imediato ao seu objetivo e, em vez disso, devem se mover lateralmente pela rede desde o ponto de entrada inicial. A segurança Zero Trust torna esse movimento lateral mais difícil, restringindo o acesso que qualquer conta tem aos recursos da rede. Isso torna um ataque mais fácil de detectar e diminui a probabilidade de sucesso do invasor.
Visibilidade de rede aprimorada: Com um modelo de segurança focado no perímetro, uma organização tem uma visibilidade do tráfego de rede limitada ao perímetro da rede. Com uma arquitetura Zero Trust aplicada por microssegmentação, ela pode atingir um nível de visibilidade muito mais granular. Isso melhora a detecção de ataques cibernéticos e pode ajudar na otimização da rede.
Conformidade regulatória simplificada: Os regulamentos de proteção de dados, como a LGPD, exigem que as organizações provem que o acesso a dados confidenciais é limitado com base na necessidade de conhecimento. Com uma arquitetura Zero Trust, uma organização pode aplicar facilmente esses controles de acesso e demonstrar conformidade com a legislação.
Como implementar uma arquitetura de segurança Zero Trust?
A implementação da segurança Zero Trust pode diminuir drasticamente o risco cibernético de uma organização. Além disso, esse modelo pode ajudar a melhorar a detecção de ameaças e aumentar a visibilidade da rede interna de uma empresa.
No entanto, projetar e estruturar essa arquitetura é um processo de vários estágios. Para saber mais sobre como implementá-la, confira o artigo Zero Trust: 8 princípios para ajudá-lo a implementar sua arquitetura de rede. Você também pode entrar em contato conosco através do formulário abaixo para ter de maneira fácil e eficaz uma arquitetura Zero Trust em sua organização.
Fonte: CyberHub
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