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Aplicações Práticas do Modelo Purdue na Indústria

O Modelo Purdue, também conhecido como Purdue Enterprise Reference Architecture (PERA), é um framework amplamente adotado para a segmentação e segurança de redes industriais. Desenvolvido para otimizar a eficiência e segurança em sistemas de controle de processos industriais, o modelo divide a rede em camadas distintas, cada uma com suas próprias funções e protocolos de segurança. Neste artigo, exploraremos algumas aplicações práticas do Modelo Purdue em diferentes setores industriais e os benefícios alcançados com uma abordagem detalhada e técnica.



1. Indústria Petroquímica


Case de Estudo


Uma refinaria implementou o Modelo Purdue para segmentar suas redes de TI e OT. Anteriormente, a rede estava altamente interconectada, expondo sistemas críticos a riscos cibernéticos e operacionais. Com a adoção do Modelo Purdue, a refinaria:


  • Segmentou a Rede: Criou zonas de segurança distintas para operações de campo (nível 1), controle de processos (nível 2), operações de supervisão (nível 3), redes corporativas (nível 4) e redes de TI corporativas (nível 5). Utilizando firewalls, VLANs e segmentação baseada em IP, a separação das redes minimizou a possibilidade de propagação de ataques.

  • Melhorou a Segurança: Implementou firewalls, sistemas de detecção de intrusão (IDS), sistemas de prevenção de intrusão (IPS) e gateways de segurança entre as zonas. Utilizou técnicas como deep packet inspection (DPI) para monitorar e controlar o tráfego de rede, garantindo que apenas tráfego autorizado pudesse atravessar entre as zonas.

  • Aumentou a Resiliência: Reduziu o risco de ataques cibernéticos e falhas operacionais propagarem entre sistemas críticos e não críticos. Implementou redundância em componentes críticos e failover automático para garantir a continuidade operacional.

  • Automatizou a Monitorização e Resposta a Incidentes: Utilizou sistemas de monitoramento contínuo, incluindo Security Information and Event Management (SIEM) e Network Traffic Analysis (NTA), para detectar anomalias e responder rapidamente a incidentes.

Resultados:

  • Redução de 40% nos incidentes de segurança, incluindo tentativas de intrusão e malware.

  • Aumento de 25% na eficiência operacional devido à menor interferência nas operações de controle, resultando em menor downtime e maior produtividade.

2. Setor Energético

 

Case de Estudo

Uma usina hidrelétrica enfrentava desafios na integração de seus sistemas de controle de geração de energia com a rede corporativa. Com a implementação do Modelo Purdue, a usina:

  • Isolou Sistemas Críticos: Utilizou firewalls e gateways de segurança para separar sistemas de controle de turbinas (nível 1 e 2) das redes de gerenciamento corporativo (nível 4 e 5). A segmentação foi feita utilizando NGFWs e políticas de segmentação baseadas em regras específicas de aplicação.

  • Monitoramento Centralizado: Implementou sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) no nível 3 para supervisão centralizada e controle remoto dos processos de geração de energia. Os sistemas SCADA foram integrados com sistemas de Enterprise Resource Planning (ERP) para fornecer uma visão holística das operações e facilitar a tomada de decisões.

  • Gerenciamento de Riscos: Adotou políticas de segurança cibernética robustas, incluindo autenticação multifator (MFA), criptografia de dados em trânsito e em repouso, e segmentação microsegmentada para proteger dados críticos. Implementou frameworks de gerenciamento de riscos como ISO/IEC 27001 para identificar e mitigar vulnerabilidades.

  • Resiliência Operacional: Implementou sistemas de redundância e failover em componentes críticos, incluindo fontes de alimentação redundantes e caminhos de comunicação alternativos. Utilizou técnicas de recuperação de desastres (DR) para garantir a continuidade das operações em caso de falhas.

Resultados:

  • Aumento de 30% na segurança da rede, com uma redução significativa no número de tentativas de acesso não autorizado.

  • Redução de 50% no tempo de resposta a incidentes devido a um monitoramento mais eficaz e a implementação de playbooks automatizados para resposta a incidentes.

3. Manufatura Automotiva

Case de Estudo


Uma fábrica de automóveis buscava aumentar a eficiência e segurança de suas operações de produção. Com a adoção do Modelo Purdue, a fábrica:

  • Automatizou Processos: Implementou sistemas de controle distribuído (DCS) nos níveis 1 e 2 para automação de linhas de produção, utilizando controladores lógicos programáveis (PLCs) e sensores IoT para coleta de dados em tempo real.

  • Integração de Dados: Utilizou sistemas MES (Manufacturing Execution Systems) no nível 3 para integrar dados de produção com sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) no nível 4. A integração foi feita utilizando protocolos industriais como OPC UA (Open Platform Communications Unified Architecture) e padrões de interoperabilidade.

  • Segurança Avançada: Adotou medidas de segurança cibernética, incluindo segmentação de rede, firewalls, IDS/IPS, e políticas de segurança rígidas. Implementou segurança baseada em identidades para controlar o acesso a sistemas críticos e garantir que apenas usuários autorizados possam acessar informações sensíveis.

  • Monitoramento e Análise de Dados: Implementou sistemas de monitoramento de condições (CBM) e manutenção preditiva utilizando análise de dados e aprendizado de máquina para prever falhas e otimizar a manutenção.

Resultados:

  • Aumento de 20% na produtividade devido à automação e à redução de downtime não planejado.

  • Melhoria na qualidade dos produtos, resultando em uma redução de 15% nos defeitos de fabricação e retrabalho.

4. Infraestrutura de Transporte

Case de Estudo

Um sistema de metrô enfrentava desafios na gestão de seus sistemas de controle de tráfego e comunicação. Com a implementação do Modelo Purdue, o sistema de metrô:

  • Segregou Redes: Separou sistemas de controle de tráfego (nível 1 e 2) das redes de comunicação e gestão corporativa (nível 4 e 5) utilizando firewalls industriais e segmentação de rede baseada em zonas de segurança.

  • Melhorou a Resposta a Incidentes: Implementou sistemas de monitoramento contínuo e resposta a incidentes no nível 3, utilizando SIEM para correlação de eventos e detecção de anomalias. Criou um centro de operações de segurança (SOC) para monitorar e responder a incidentes de segurança em tempo real.

  • Aumentou a Segurança: Adotou políticas de segurança cibernética rigorosas, incluindo a implementação de protocolos de segurança como TLS (Transport Layer Security) para comunicação segura, e a segmentação de dispositivos IoT para minimizar os pontos de entrada vulneráveis.

  • Resiliência Operacional: Implementou redundância em sistemas críticos de controle de tráfego e comunicação, utilizando arquiteturas de alta disponibilidade (HA) e failover automático para garantir a continuidade das operações.

Resultados:

  • Redução de 35% nos incidentes de segurança cibernética devido a uma segmentação mais eficaz e monitoramento contínuo.

  • Melhoria de 20% na eficiência operacional e na segurança dos passageiros, resultando em menor tempo de espera e maior confiança pública.


5. Governos e Setores Públicos

Case de Estudo

Um setor de defesa nacional utilizou o Modelo Purdue para proteger sistemas de defesa e segurança pública. Com a implementação do modelo, a organização:

  • Protegeu Infraestruturas Críticas: Utilizou firewalls, IDS, IPS e políticas de segmentação para proteger sistemas de controle e comunicação. Implementou uma arquitetura de rede segmentada com zonas de segurança baseadas na criticidade dos ativos.

  • Garantiu Continuidade Operacional: Implementou redundância e sistemas de backup para garantir a continuidade das operações em caso de falhas ou ataques. Utilizou técnicas de recuperação de desastres (DR) e continuidade de negócios (BC) para preparar a organização para interrupções imprevistas.

  • Melhorou a Coordenação: Utilizou sistemas SCADA e de comunicação no nível 3 para melhorar a coordenação entre diferentes unidades e responder rapidamente a emergências. Implementou sistemas de gestão de emergências (EMS) para coordenar respostas a incidentes e garantir uma comunicação eficaz entre as equipes de resposta.

  • Segurança Avançada: Adotou autenticação multifator (MFA), criptografia de dados e segmentação microsegmentada para proteger dados sensíveis e evitar acessos não autorizados. Implementou políticas de segurança cibernética baseadas em normas internacionais, como ISO/IEC 27001 e NIST.

Resultados:

  • Melhoria significativa na resiliência e segurança dos sistemas de defesa, resultando em uma redução de 50% no número de incidentes de segurança cibernética.

  • Redução no tempo de resposta a incidentes e maior coordenação entre unidades, resultando em uma melhoria de 30% na eficácia das operações de emergência.

Conclusão

O Modelo Purdue provou ser uma abordagem eficaz para a segmentação e segurança de redes industriais em diversos setores. Através de exemplos práticos e técnicos, vimos como a implementação do modelo pode resultar em melhorias significativas na segurança, eficiência operacional e resiliência das organizações. Adotar o Modelo Purdue pode ser um passo crucial para empresas que buscam proteger seus sistemas críticos e otimizar suas operações.

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